domingo, 21 de junho de 2015

Pela criação de uma DELEGACIA para CRIMES de INTOLERÂNCIA

A pedrada que atingiu a menina Kailane Campos de 11 anos, infelizmente, não é um ato isolado e nem coisa de um mero desequilibrado, como alguns lideres de religiões evangélicas quiseram demonstrar .

Kailane Campos não é se quer o membro mais novo de religiões de matrizes africanas a sofrer com a intolerância e fanatismo religioso no Rio de Janeiro.

 A menina Leandra Gabrielly de apenas 8 ANOS teve seu terço arrebentado na escola com a justificativa que ele pertencia ao "diabo". E quando a mãe da menina, que é umbandista, foi reclamar na escola a professora, isso mesmo a professora, repetiu o gesto com um cordão que a mãe carregava dado por um cigano de sua religião. E ainda reafirmou que "ela não era de Deus".

E intolerância por parte de professoras protestantes, me recuso a chamar de evangélicas,  existem em mais casos. Em 2009, a FAETEC emitiu nota pedindo desculpas ao aluno Felipe Pereira de 13 anos, pois uma professora o havia chamado de "filho do capeta" por ele ter fé em religiões de matrizes africanas.

A reportagem publicada no  JORNAL EXTRA de 21/06/2015 continua. Informa que mais de 40 CASOS  DE INTOLERÂNCIA RELIGIOSA forma acompanhados pelo INEAC (Instituto de Estudos Comparados em Administração Institucional e Conflitos) da UFF e destes casos, NENHUM, repito NENHUM foi concluído.

Nem a polícia, nem o setor judiciário fazem NADA. Pior ainda fazem de tudo para descaracterizar a agressão, caracterizando tais atos como insultos. Eu me sinto insultado por isso.

E estes casos são a ponta do iceberg, pois nas comunidades carentes onde a maioria dos terreiros de umbanda e candomblé estão localizados os atos de intolerância, invasão de terreiros, quebra de congá e ofensa são ainda maiores e as denuncias praticamente não existem, pois os praticantes tem medo que os traficantes convertidos ao neofascismo protestante, você não leu errado isto existe,  os expulse ou pior atentem contra as suas vidas sem que o estado mexa um único dedo.

Estes atos de intolerância não são de hoje e não são ao acaso, foram durante anos pregados por "pastores" sem preparo ou moral nenhuma na cabeça de pessoas de mente fraca com os motivos mais torpes. Ou será que ninguém mais lembra das cenas na televisão nos anos 80/90 de um  pastor chutando a imagem de Nossa Senhora e a chamando de "desgraçada"?

Eu frequento um terreiro de umbanda com toda a minha família e agora com a presença de meu neto de apenas 3 meses de vida, se outro neofascista protestante resolver atirar uma pedra na direção de minha família e atingir meu neto, ele morre.

E isto eu não vou permitir.

Chega de omissão. Que seja criada e logo uma DELEGACIA PARA CRIMES DE INTOLERÂNCIA e que este crime seja tipificado.

Até, meus caros.

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