quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Inscrição para a I Jornada de Tecnólogos e Técnicos em Radiologia Campus Nova Iguaçu

Caros estou disponibilizando abaixo o link para a realização da inscrição na I JORNADA DE TECNÓLOGOS E TÉCNICOS EM RADIOLOGIA CAMPUS NOVA IGUAÇU que ocorrerá nos dias 10 e 11 de dezembro de 2014 a partir das 19:00 h. 

Dada a limitação em nosso espaço físico, destinamos 50 VAGAS para quem não é aluno da Universidade Estácio de Sá. Neste caso ao realizar a inscrição no campo "INFORME SUA MATRÍCULA" coloque  o número de um documento e uma sigla que o identifique (cart. de identidade, CPF ...).

Para os alunos do Curso de Tecnólogo ou PRONATEC em Radiologia preencham TODO o formulário de forma correta para que sua inscrição seja efetuada.

AQUI ESTÁ O LINK PARA INSCRIÇÃO

Faça logo a sua inscrição neste grande evento. Não corra o risco de ficar de fora.

Até lá.

sábado, 15 de novembro de 2014

I Jornada de Tecnólogos e Técnicos em Radiologia do campus Nova Iguaçu


Caros no mês de dezembro de 2014 nos dias 10 e 11 ocorrerá a I Jornada de Tecnólogos e Técnicos em Radiologia do campus Nova Iguaçu da Universidade Estácio de Sá. Horário das 19:00 as 22:00.

Será um evento que contará com palestras das diversas áreas de atuação dos Tecnólogos e Técnicos e Radiologia. Além do ganho em informação e aprendizagem os alunos da Universidade ganharão horas de atividades complementares que são necessárias para sua formação.

Segue a baixo as palestras e os palestrantes por dia de evento:


Dia 10/11/2014

  • Reatores Nucleares e Tecnologia de Combustíveis. Palestrante: Mike Bourguignon de Azevedo (Graduando em Tecnologia em Radiologia)

  • Aplicações da Tomografia Cone Beam em Reconstruções Faciais. Palestrante: TnR Fabrício Faeda (Pós graduado em Anatomia, Professor do CST em Radiologia da UNESA)

  • Mamografia 3D: A evolução. Palestrante: TnR Viviane Martins (Pós graduada em Anatomia)
  • Proteção Radiológica e Dosimetria. Palestrante TnR Luciano Santa Rita (Mestre em Radioproteção e Dosimetria, Professor do CST em Radiologia da UNESA)



Dia 11/11/2014

  • Ações Farmacológicas e Químicas na  Descontaminação Interna de Pessoas e de Ambiente. Palestrante: Samir Frontino Almeida Cavalcante - Pesquisador do CTEx (Mestre e Doutorando em Química Orgânica - UFRJ)
  • Controle de Qualidade em Radioterapia. Palestrante: Cláudio Viegas - Coordenador do CST em Radiologia da UNESA campus Nova Iguaçu (Mestre e Doutorando em Física)
  • Atuação do Tecnólogo em Radiologia em Cargos de Nível Superior. Palestrante: TnR Alexandre Gomes (Coordenador do Curso Técnico em Segurança do Trabalho do Colégio Bezerra de Araújo)
  • Cuidados nos Atendimentos de Pacientes Politraumatizados nos Serviços de Emergência Radiológica. Palestrante: Marco Aurélio (Mestre em Ciência da Motricidade Humana, Professor do CST em Radiologia da UNESA)

Caros não deixem passar esta oportunidade. Principalmente os graduandos em Tecnologia em radiologia e os alunos PRONATEC da UNESA compus Nova Iguaçu.

Até lá.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Concurso público para UERJ na Área de Tecnologia em Radiologia

  
Caros estou aproveitando meu espaço no Blog para divulgar o concurso para cargo de técnico universitário divulgado pela UERJ.

O período de inscrição on line será de 13/11/2014 a 12/12/2014.

Neste  LINK  você pode fazer sua inscrição e obter o edital.

Boa Sorte 

  

domingo, 12 de outubro de 2014

Medidores Nucleares

Os métodos de produção modernos, sobretudo os automáticos, devem ser submetidos a uma constante vigilância para se assegurar a qualidade dos produtos e controlar o processo de produção. 

Esse tipo de vigilância, em muitos casos, é feito com dispositivos de controle de qualidade que empregam as propriedades das radiações ionizantes conhecidos pela denominação genérica de medidores nucleares. 

Medidores nucleares empregam fontes seladas, isto é, fontes cujo radioisótopo está encapsulado, ou seja, contido em um invólucro ou cápsula selada. A mesma permanece armazenada num irradiador que serve de porta fonte e blindagem além de colimar e obturar o feixe de radiação.  Os medidores nucleares não necessitam estar em contato com o material que se examina e, portanto, podem ser utilizados para controlar processos de alta velocidade, materiais com temperaturas extremas ou propriedades químicas nocivas, materiais suscetíveis a danos por contato e produtos envasados. (Rocha, 2005)

A figura abaixo mostra a esquerda o encapsulamento do material radioativo utilizado e a direita uma representação de corte de um irradiador típico de medidores nucleares com obturador fechado (a) e aberto (b). A parte hachurada representa material de blindagem. Deve ser lembrado que as fontes radioativas utilizadas em medidores nucleares possuem atividade que as classificam como fontes categoria 3  (fontes perigosas: possuem quantidade de material radioativo pode causar lesões permanentes em exposições com duração de algumas horas.) em relação a escala a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).


Em função do processo de interação da radiação antes de chegar ao detector, os medidores podem ser classificados em três categorias:
  • Medidores de transmissão
  • Medidores de retrodispersão ou retroespalhamento
  • Medidores reativos


Medidores de Transmissão

Nos medidores de transmissão a fonte radioativa e o detector de radiação estão situados em lados opostos do material. A radiação é atenuada ao atravessar o material e o detector mede a intensidade da radiação transmitida. Se a radiação atravessar um material mais denso, seu grau de atenuação será maior e a intensidade transmitida diminuirá. 

A figura abaixo mostra um medidor de transmissão verificando materiais de densidade respectivamente baixa (a) e alta (b). (Rocha, 2005)



Medidores de Retrodispersão ou Retroespalhamento

Nos medidores de retrodispersão ou retroespalhamento a fonte radioativa e o detector estão situados no mesmo lado em relação ao material. O detector é protegido contra a radiação primária. A radiação penetra o material e interage com seus átomos e moléculas. O detector mede as radiações secundárias que se retrodispersam a partir da interação. Se houver geometria constante, indicará a densidade e se a densidade for constante, indicará a espessura do material. 
A figura abaixo mostra medidor de retrodispersão verificando materiais de densidades, respectivamente, (a) baixa e alta (b). (Rocha, 2005)



Medidores Reativos

Nos medidores reativos a principal aplicação análise de hidrocarbonetos em rocha e prospecção de petróleo, diferenciando camadas petrolíferas de aquíferos salinos pela determinação de cloro. Outro uso destes medidores é a fluorescência, a partir de fonte gama e raios X de baixa energia, em solos para a identificação e determinação de elementos de baixo Z, médio Z e alto Z em função do tipo de fonte utilizada. Possibilitando a analise de elementos constituintes de minerais assim como a espessura de camadas de substratos de materiais distintos. (Rocha, 2005)

Exemplo de medidor reativo


Nêutrons lentos são capturados por núcleos de átomos presentes no material que emitem raios gama de alta energia característicos o que permite que se estabeleçam suas quantidades relativas. Essa propriedade é usada, por exemplo, na determinação da concentração de cloro durante a perfilagem de poços de petróleo, de modo que se possam diferenciar camadas petrolíferas de aquíferos salinos.


Outra Classificação de Medidores Nucleares


Medidores de Espessura

Na produção contínua de materiais na forma de lâminas ou folhas, apresenta-se a necessidade de medir, durante o próprio processo de fabricação, a espessura ou massa por unidade de superfície com que vão sendo manufaturados tais materiais. Essa medição pode ter um duplo propósito: controlar a qualidade do produto e servir de base para a regulação automática do processo. os medidores nucleares de espessura medem, na realidade, o peso por unidade de superfície dos materiais. Quando a densidade do produto é constante, a relação entre a espessura e o peso por unidade de superfície também permanece constante. (Rocha, 2005)


Medidores de Nível

Os medidores nucleares de nível são aplicáveis a materiais líquidos, pastosos ou na forma de sólidos granulados. O fato de operarem sem contato com produtos contidos em reservatórios os torna especialmente recomendados quando as características físico-químicas (pressão, temperatura, viscosidade, corrosividade ou poder abrasivo) dificultam ou excluem o emprego dos sistemas clássicos de medição.A medição nuclear apresenta também vantagens nos casos em que, por qualquer razão, a montagem do sistema deve ser realizada sem interrupção dos processos em andamento e sem interferências com as instalações já existentes. Os indicadores de nível baseiam-se no método de transmissão ou de retroespalhamento. (Rocha, 2005)


Medidores de Fluxo

A determinação do fluxo de material sólido a granel, em esteiras transportadoras ou em queda livre, é particularmente interessante na indústria química, de papel e celulose, de mineração e de alimentos. Através do método de transmissão, pode-se determinar instantaneamente a partir da determinação da massa por unidade de área do material e da velocidade de deslocamento do material. Tais equipamentos também são denominados de balanças nucleares. Uma fonte gama é instalada acima da esteira e um detetor alongado (câmara de ionização ou detetor de cintilação), abaixo dela. Observa-se que o feixe de radiação abrange toda seção transversal do material na esteira.

Caros em meu site Proteção e Segurança Radiológica disponibilizo uma página sobre Medidores Nucleares em que apresento com mais informações esta área da Radiologia Industrial, que considero muito promissora para os Tecnólogos Radiologia.


sábado, 4 de outubro de 2014

Escâneres Industriais

O Rio de Janeiro desde 2007 tem abrigado a realização de grandes eventos sejam esportivos, políticos ou religiosos. Deste ano para cá já foram realizados em nossa cidade os Jogos Pan americanos (2007), os Jogos Mundiais Militares (2011), a Rio+20 (2012), Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude (2013) e este ano a Copa do Mundo (2014). Estamos acostumados com uso de detectores de metais, sejam fixos ou portáteis, nestes eventos. Mas tal qual ocorre em aeroportos e portos o uso de escâneres de bagagem ou corporais que fazem uso da emissão de raios X (radiação eletromagnética ionizante) só faz crescer.  

A partir do aumento de seu uso cabe algumas reflexões:
  • Como estes equipamentos funcionam?
  • Como são a segurança radiológica destes equipamentos?
  • Qual a capacitação exigida para os operadores?
  • Qual a capacitação dos responsáveis?
  • Eles podem provocar algum dano na população?


Como podemos observar são vários questionamentos que merecem uma resposta adequada. Existem essencialmente dois tipos de escâneres: passivos e ativos. Passivos são aqueles que usam radiação natural emitida pelo homem para produzir as imagens, e os ativos são aqueles para geração de imagens de pessoas irradiadas com fontes de radiação externa. Em todos os casos a radiação utilizada é a electromagnética, a única mudança, dependendo da tecnologia utilizada, é o comprimento de onda, que é inversamente proporcional à energia.

Nos sistemas de comprimento de onda na faixa do infravermelho, a radiação é transmitido por duas antenas, que giram simultaneamente ao redor do corpo. A energia da onda refletida pelo corpo ou objetos mesmo é usado para construir a imagem.

Quanto os escâneres de raios X para inspeção pessoal, existem três tipos: 
  • sistemas de retrodispersão, assim chamado porque trabalham com a radiação dispersa pelo corpo humano a 180 °; 
  • sistemas de transmissão, que utilizam a radiação que passou através do corpo humano, e
  • um terceiro tipo, que é uma combinação dos outros dois.

Os escâneres de radiação não ionizante e os de raios X de retrodispersão permitem apenas visualizar objetos sob a roupa, enquanto que os escâneres de raios X de transmissão permitem que você veja no interior do corpo humano como ocorre com os equipamentos de raios X médicos. Se a pessoa tem uma arma sob o casaco, os equipamentos de raios X de retroespalhamento ou o de ondas milimétricas irá detectá-lo, mas se você tiver engolido um saco cheio de explosivos que espera detonar durante o vôo em um ato de autoimolação, não. Para detectar esses tipos de objectos é necessário usar um equipamento de raios X de transmissão.

Os efeitos biológicos das radiações não ionizantes podem ser térmicos ou atérmicos. Entre os primeiros, estão altas energias recebidas estão a deterioração ou perda da visão e da fertilidade. Entre estes últimos, têm sido relatados (mas não há suficientes estudos epidemiológicos que corroboram) distúrbios endócrinos, malformações congênitas, alterações de caráter e câncer.

Os efeitos nocivos sobre a saúde humana pela radiação ionizante, são mais conhecidos, uma vez que os raios X tem sido usados para fins médicos e industriais desde sua descoberta por Roentgen em 1896. O dano a nível celular ocorre de forma indireta através de formação de radicais livres na água que rodeia as células, e também diretamente quebrando moléculas ligadas ao ácido desoxirribonucleico (ADN). Se as células são somáticas podem causar danos, como o câncer, se as células são genéticas podem gerar efeitos hereditários. Em altas doses, não há dúvida quanto aos efeitos produzidos pela radiação ionizante (chamados determinísticos). O problema ocorre quando as doses são baixas. Nestes níveis o que se afirma é que existe uma probabilidade de se produzir algum efeito nocivo, por esta razão esses efeitos são chamados estocásticos.

Outro efeito sobre a saúde causado pelos escâneres (de qualquer tipo) para o controle de viajantes é psicológico. Os escâneres de radiação não ionizante e os de raios X de retrodispersão revelam as partes mais íntimas do corpo humano; as pessoas aparecem nuas na tela. É essa invasão a privacidade a razão fundamental por que é difícil nos Estados Unidos instalar tais equipamentos nos aeroportos (forçando inspetores a ver imagens em uma sala separa dos equipamentos de inspeção) e que força os fabricantes a desenvolver filtros que escondem as partes íntimas.

Hoje para operar escâneres pessoais no Brasil deve-se atender a uma norma da ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil que qualifica o profissional como "Operador especializado em raios X" e as exigências a serem atendidas são:
  • estar capacitado como Agente de Proteção da Aviação Civil, através da conclusão com aproveitamento do curso Básico em Segurança da Aviação Civil e aprovação em Exame de Certificação da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil);
  • apresentar vínculo empregatício concedido pela organização a que pertence, ou termo de compromisso de contratação expedido por empresa aérea, administração aeroportuária, empresa concessionária ou ESATA (Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo);
  • apresentar verificação de antecedentes criminais;
  • ter curso de operador especializado em raios X com carga horária de 28 h.

A grande pergunta que se deve fazer é como com um curso de apenas 28 h se conseguirá capacitar um profissional para operar com a destreza necessária equipamentos com este grau de tecnologia e mais ainda, onde o conhecimento em uma área tão específica como imagenologia e proteção radiológica  são indispensáveis para o reconhecimento dos objetos analisados.

Caros em meu site Proteção e Segurança Radiológica disponibilizo uma página sobre Escâner Industriais em que apresento com mais informações esta área da Radiologia Industrial, que considero muito promissora para os Tecnólogos Radiologia.


Textos usados como referência:
Efectos sobre la salud del uso del escáner para el controle de viajeros  e La necesidad de regulamentar el uso de los sistemas de inspección personal e carga que utilizam radiaciones ionizantes; Autor:  Caridad Borrás Amoedo pertencente ao grupo de Dosimetria e Instrumentación Nuclear do Departamento de Energia Nuclear da Universidade Federal de Pernambuco.



domingo, 28 de setembro de 2014

Atualização do meu site: Proteção e Segurança Radiológica

Caros amigos depois de algum tempo resolvi atualizar meu site fazendo várias modificações nele, procurando adequá-lo melhor  as mudanças que a área de Tecnologia em Radiologia vem sofrendo e dando um melhor dinamismo aos assuntos técnicos que sempre foram o foco e motivo principal da ideia de sua criação.

Nesta nova fase do site algumas mudanças foram executadas. 

Primeiro, dei um título para ele PROTEÇÃO E SEGURANÇA RADIOLÓGICA. O motivo disto é que acredito que as áreas de proteção e segurança são o grande diferencial para a capacitação dos tecnólogos em radiologia. A meu ver é inegável a adequação de nossa formação para atuação neste segmento de mercado.

Segundo, dividi o site em duas grandes áreas. Uma chama TÓPICOS onde busquei divulgar vários assuntos que fazem parte da formação e da capacitação do Tecnólogo em Radiologia, diferenciando-o de outros profissionais no mercado de trabalho. Sinceramente creio que nenhum outro profissional possui em sua formação acadêmica acesso a todos estes temas como os Tecnólogos em Radiologia.  A outra área chamei de TRABALHOS PRODUZIDOS e nela disponibilizo quase a totalidade dos trabalhos que tenho produzido até aqui. Estão lá minha Dissertação de mestrado, monografia de pós graduação, minicursos, artigos, palestras e material de apoio para estudo.

A exceção ficou com minhas NOTAS DE AULA que mantive destacada, como na versão anterior do site, na parte superior de todas as páginas, visando manter inalterado o acesso e localização destas notas por quem assim desejar.  

Uma das principais mudanças que mencionei acima está na tentativa de criação de um espaço para que outros tecnólogos e alunos de tecnologia em radiologia se animem a escrever e produzir textos. Na página ARTIGOS estou abrindo um espaço para os Tecnólogos e graduandos que assim desejarem, divulgarem seus conhecimentos técnicos através de artigos livres. 

Estes artigos seriam disponibilizados, em princípio com periodicidade mensal, nesta página em formato PDF e haveria citação dos autores conforme os mesmos estabelecessem. Estabelecerei duas regras básicas: os textos serão avaliados por mim quanto a relevância do tema antes de serem disponibilizados e não pode haver dúvida quanto a autoria do texto.

Quem desejar participar deve me enviar o texto em formato .DOC e não em formato .DOCX, para que possa converte-lo adequadamente em PDF.

Outra mudança que vale destacar foi uma maior enfase em temas vinculados a área de industria, pois tenho notado que começa a haver um espaço maior para a nossa atuação e não estamos buscando este espaço. Muito se deve a falta de informação ou ignorância de muitos que deveriam divulgar esta área aos graduandos e os recém formados Tecnólogos em Radiologia e não o fazem.

Ainda encontro vários colegas que ao invés de estimular a busca por este espaço, desestimulam os alunos ou recém formados a lutar por ele. Muito em função disto na página RADIOLOGIA INDUSTRIAL  disponibilizo algumas informações de como caminhar nesta área, como por exemplo se cadastrar no CIEE - Centro de Integração Escola Empresa.

Caros gostaria bastante de um retorno de vocês sobre as modificações que realizei no site e principalmente sobre a aceitabilidade da ideia dos  ARTIGOS LIVRES

Espero que gostem das modificações e que o meu site continue a ser um instrumento de divulgação de ideias e informações técnicas úteis da área de Tecnologia em Radiologia.

Um grande abraço





sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Identificação de materiais radioativos pelo método de espectrometria de fótons com detector cintilador



1. Introdução



Identificar um material ou agente radiológico é de grande importância para as diversas atividades envolvendo o uso de radiações ionizantes. Conhecendo o material é possível definir a maneira adequada de manuseá-lo pois saberemos o tipo de radiação que ele emite, bem como sua forma física e química, seu tempo de meia-vida (T1/2) entre os informações importantes. A identificação destes materiais é feita através da análise e determinação do espectro de energia discreta que o material radioativo é capaz de emitir. Na grande maioria das vezes, este espectro de energia é obtida através da técnica de espectrometria de fótons podendo ser utilizados detectores semicondutores ou cintiladores inorgânicos.

Aqui analisaremos a utilização de detectores cintiladores para a realização da técnica de espectrometria de fótons. O motivo desta escolha é em função destes detectores poderem trabalhar a temperatura ambiente, terem alta eficiência de detecção, uma resolução que propícia a identificação em instalações abertas e poderem ser construídos de forma compacta, portátil e transportável para uso em diversos ambientes.

Os identificadores radiológicos portáteis são largamente utilizados para diversos fins como:
  • Segurança radiológica em grandes eventos;
  • Busca de fontes radioativas extraviadas;
  • Avaliação de emergências radiológicas e nucleares;
  • Avaliação de cargas em portos, aeroportos e fronteira.


2. Propriedade dos cintiladores inorgânicos


A detecção de radiações ionizantes pela cintilação, produzida em determinados materiais, é uma das técnicas mais antigas registradas. Detectores baseados nestes materiais possuem elevada eficiência de cintilação, conversão linear da quantidade de energia em luz, tempo de decaimento da luminescência curto para a geração rápida de pulsos, meio transparente e índice de refração próximo ao do vidro permitindo o acoplamento do cristal com o tubo fotomultiplicador (Knoll, 2000).

O mecanismo de cintilação em materiais inorgânicos depende dos estados de energia da rede cristalina do material. Num cristal cintilador puro, a energia da radiação incidente absorvida é cedida aos elétrons da banda de valência, sendo estes excitados para a banda de condução. Entre essas bandas existe uma faixa intermediária de energia chamada de banda proibida, na qual não há estados possíveis e, portanto, não se encontram elétrons. O retorno do elétron para a banda de valência com a emissão de um fóton representa um processo ineficiente de cintilação, pois as diferenças energéticas são tais que o fóton resultante possui uma energia muito alta e não se enquadra na faixa do visível. Como resultado desse processo, o cristal apresenta-se opaco à sua radiação de cintilação (Lima, 2006).

A adição de pequenas quantidades de impurezas ou material ativador (no caso do NaI é usado o Tálio) cria níveis de energia na banda proibida. Criados pelo elemento ativador na banda proibida, eles permitem a desexcitação de um elétron da banda de condução para a banda de valência, com a emissão de fótons com comprimento de onda (410 mm), o que corresponde à luz do espectro visível. O cristal é basicamente transparente para esses fótons, que assim alcançam o fotocatodo do tubo fotomultiplicador, que possui boa sensibilidade à cintilação dessa luz visível (Lima, 2006).


2.1. Resolução em energia


Relaciona-se com a capacidade do detector de cintilação em discriminar a energia de dois fótons emitidos com energias diferentes em seu volume útil. A resolução de um detector é determinante em sua capacidade de medir a distribuição de energia da radiação incidente e é convencionalmente definida como a razão entre a largura à meia altura do pico (FWHM) e o valor do canal central da distribuição do pico (H0).

A resolução em energia típica de detectores cintiladores inorgânicos cilíndricos de NaI(Tl) para a energia do fóton gama emitido por uma fonte de 137Cs (661,62 keV) é cerca de 6 a 7%.


2.2. Eficiência de detecção


Caracteriza a capacidade do detector em registrar os fótons emitidos por uma fonte de radiação ou que incidem na superfície de um detector. O tamanho e a forma do cristal influenciam a eficiência de detecção, sendo que a espessura do cristal cintilador na direção da trajetória do fóton incidente tem maior influência. A eficiência de um detector pode ser classificada como absoluta e intrínseca.

A eficiência absoluta é dada pela razão entre o número de partículas ou fótons detectados e o número de partículas ou fótons emitidos pela fonte de radiação. Esta eficiência sofre influência da geometria de medição utilizada.

A eficiência intrínseca é dada pela razão entre o número de partículas ou fótons detectados e o número de partículas ou fótons incidentes no detector. Diferente da eficiência absoluta, não sofre influência da geometria de medição utilizada, mas da dimensão da face do detector em que a radiação incide.


2.3. Detectores cintiladores de NaI(Tl)


Em 1948, Robert Hofstadter demonstrou que o cristal de iodeto de sódio (NaI), com tálio (Tl) como elemento ativador, produz emissão de luz de cintilação excepcionalmente intensa em comparação com os materiais orgânicos que já haviam sido estudados. Mais do que qualquer outro evento, tal descoberta inaugurou a era moderna da espectrometria por cintilação da radiação eletromagnética ionizante com energia discreta, sendo este cristal de cintilação ainda hoje frequentemente usado em espectrometria de fótons, apesar de décadas de pesquisas subsequentes com outros materiais de cintilação. (Knoll, 2000)

O número atômico relativamente alto do iodo (Z=53) e a massa específica do cristal (3,667 g/cm3) influenciam de forma significativa o efeito de absorção fotoelétrica, necessário para a máxima deposição de energia da radiação incidente, dando a este cristal boa eficiência de cintilação. A resposta em intensidade luminosa do cristal de NaI(Tl) é razoavelmente linear com a energia do elétron depositado, havendo uma pequena não proporcionalidade na faixa de 10 – 100 keV. Esta proporcionalidade permite relacionar a energia absorvida pelo cristal com a amplitude do sinal de corrente obtido com o detector, que por sua vez, está relacionado com a energia do fóton incidente.

O cristal de NaI(Tl) é higroscópico devendo ser mantido hermeticamente fechado revestido por material refletor, exceto na superfície do fotocatodo do tubo fotomultiplicador, reduzindo assim as perdas por reflexão e absorção nas superfícies laterais do cristal. Suas dimensões e forma influenciam na eficiência de cintilação para a função resposta do detector.

Nos detectores cintiladores de NaI(Tl), a cintilação produzida pela passagem de radiação ionizante precisa ser convertida em sinais elétricos para que se possa medir a energia depositada. Para tal, há a necessidade da presença do tubo fotomultiplicador. A estrutura básica de um tubo fotomultiplicador é apresentada na figura abaixo.



3. Espectrometria de fótons com cintilador


Os fótons não possuem carga ou massa sendo, portanto, radiação indiretamente ionizante e capaz de transferir toda ou parte de sua energia para os elétrons orbitais dos átomos do material. Esses elétrons têm energia máxima igual à energia do fóton incidente subtraída da sua energia de ligação e que depositarão essa energia por meio de ionizações e excitações no meio de interação.

Para que um material possa ser utilizado como detector e servir para a realização de espectrometria de energia para fótons, ele deve ser capaz de realizar a transferência de energia desses fótons para elétrons orbitais dos átomos da estrutura e funcionar como elemento de detecção dos elétrons secundários produzidos pelos fótons incidentes por meio da coleta dos elétrons liberados na ionização dos átomos do meio.


3.1. Resposta de detectores para as energias dos fótons incidentes


O espectro de energia de fótons de radiação gama ou raios X irá depender do tamanho, da forma, da composição do detector e também da geometria de irradiação. Para espectros de fótons com baixa energia, a função resposta do detector será influenciada pelo espalhamento Compton (componente contínuo) e pela interação por efeito fotoelétrico (componente discreto).

A função resposta do detector para o espectro de energia dos fótons incidentes, também pode ser afetada, tanto em seu componente contínuo quanto no componente discreto da função resposta do espectro de energia dos fótons incidentes em virtude dos seguintes mecanismos (Lima, 2006):
  • Formação de pico escape por elétrons secundários;
  • Ocorrência de bremnstrahlung;
  • Presença de raios X característicos e
  • Interações secundárias criadas por decaimento radioativo, como a influência dos materiais envoltórios.
A Figura abaixo apresenta o espectro decorrente de fótons com uma única energia esperado para um detector real onde os processos de interação citados acima estão representados.



O pico escape dos raios X característico se forma quando a absorção fotoelétrica ocorre próximo à superfície do detector, podendo ocorrer o escape do raio X característico gerado. Um novo pico surge na função resposta separado do fotopico, por uma diferença de energia igual a dos raios X característicos que escaparam.

Nos detectores cintiladores com cristal de NaI(Tl), ocorre a emissão de 2 (dois) raios X característicos em função da presença do iodo (I) no cristal. Estes raios X característicos possuem a energia de 28,6 keV (Kα ) e 33,2 keV (Kβ ) (Preedy et al, 2009). Normalmente, estas energias são absorvidas pelo cristal. Entretanto, se a energia do fóton incidente é baixa, a interação ocorre próximo à superfície do cristal e este fóton escapa. Como resultado, no espectro de função resposta do detector a uma fonte monoenergética com energia na faixa utilizada em raios X para diagnóstico, aparecerá um pico cuja energia corresponde à energia do fóton incidente menos a energia dos raios X característico do iodo, que normalmente são representadas no espectro como um único pico com energia média em torno de 28 keV, chamado pico escape do iodo.

Os detectores para serem usados em espectrometria são normalmente envolvidos por outro material, seja o material de seu encapsulamento, blindagem para redução de radiação de fundo (background) ou uso de colimadores na geometria de medição. Estes materiais podem ser fontes potenciais de radiação secundária e, se esta interagir com o detector, pode influenciar na forma da sua função resposta do espectro (Lima, 2006).


4. Outras tecnologias de cintiladores


Cintiladores com melhor resolução, como o brometo de lantânio, possuem FWHM menores resultando em fotopicos mais estreitos e, desta forma, possibilitam a descriminação de um maior número de energias e consequentemente uma melhor identificação de materiais radioativos.

Os cintiladores de brometo de lantânio (LaBr3:Ce) possuem uma resolução em energia significativamente melhor se comparado aos cintiladores de NaI(Tl). A resolução alcançada pelo cintilador de LaBr3:Ce para o fotopico da radiação gama emitida por uma fonte de 137Cs é de 2,7%, muito melhor que em um NaI(Tl) que possui uma resolução típica de 7% para esta energia.

Também em energias mais baixas e compatíveis com a faixa utilizada em radiologia diagnóstica como as dos fotopicos gama de 122,1 keV e 136,4 keV emitidos por uma fonte de 57Co há ganhos expressivos. A resolução do cintilador de LaBr3:Ce para o fotopico do gama de 122,1 keV é de 5,7%. A resolução dos cintiladores de NaI(Tl) não permite dissociar, no espectro obtido, os fotopicos das energias de 122,1 e 136,4 keV emitidos pela fonte de 57Co, eles são representados como um único fotopico (Fiorini, 2006).


5. Referência bibliográfica


FIORINI, C. et al, 2006, “Gamma-Ray Spectroscopy with LaBr3:Ce Scintillator Readout by a Silicon Drift Detector”, IEE Transaction on Nuclear Science, Vol 53, n°4, August.
KNOLL, G. F., 2000, Radiation Detection and Measurement – 3a edição, Ed. John Wiley&Sons Inc. , USA.
LIMA, C. A., 2006, Avaliação da Performance de Detectores Iodeto de Sódio NaI(Tl) em Centrais Nucleares – dissertação de mestrado, COPPE/UFRJ, RJ.
PREEDY, V. R., BURROW, G. N., WATSON, R. R., 2009, Comprehensive Handbook of Iodine Nutricional, Biochemical, Pathological and Therapeutic Aspects – Ed. Elsevier Inc. , San Diego – USA.



sábado, 24 de maio de 2014

Detecção de Fótons, radiações indiretamente ionizantes, por cintiladores


1. Introdução


A percepção da radiação, seja qualitativa ou quantitativa, só pode ser realizada com a ajuda de materiais ou instrumentos capazes de captar e registrar sua presença. A detecção é realizada pelo resultado produzido da interação da radiação com um meio sensível (detector). Em um sistema detector os detectores de radiação são os elementos ou dispositivos sensíveis a radiação ionizante utilizados para determinar a quantidade de radiação presente em um determinado meio de interesse. A integração entre um detector e um sistema de leitura (medidor), como um eletrômetro ou a embalagem de um detector é chamado de monitor de radiação.


2. Detectores cintiladores


A detecção de radiações ionizantes pela cintilação produzida em determinados materiais é uma das técnicas mais antigas registradas. Detectores baseados nestes materiais possuem elevada eficiência de cintilação, conversão linear da quantidade de energia em luz, tempo de decaimento da luminescência curto para a geração rápida de pulsos, meio transparente e índice de refração próximo ao do vidro permitindo o acoplamento do cristal com o tubo fotomultiplicador (Knoll, 2000).

Os tubos fotomultiplicadores são um passo essencial no desenvolvimento dos detectores cintiladores. Com a sua utilização, tornou-se possível a detecção de sinais luminosos de baixa intensidade em função da interação de pequeno número de fótons e a sua conversão em sinais elétricos, viabilizando seu uso em detecção de radiações ionizantes.

O mecanismo de cintilação em materiais inorgânicos depende dos estados de energia da rede cristalina do material. Num cristal cintilador puro, a energia da radiação incidente absorvida é cedida aos elétrons da banda de valência, sendo estes excitados para a banda de condução. Entre essas bandas existe uma faixa intermediária de energia chamada de banda proibida, na qual não há estados possíveis e, portanto, não se encontram elétrons. O retorno do elétron para a banda de valência com a emissão de um fóton representa um processo ineficiente de cintilação, pois as diferenças energéticas são tais que o fóton resultante possui uma energia muito alta e não se enquadra na faixa do visível. Como resultado desse processo, o cristal apresenta-se opaco à sua radiação de cintilação (Lima, 2006).

A adição de pequenas quantidades de impurezas ou material ativador (no caso do NaI é usado o Tálio) cria níveis de energia na banda proibida. Criados pelo elemento ativador na banda proibida, eles permitem a desexcitação de um elétron da banda de condução para a banda de valência, com a emissão de fótons com comprimento de onda (410 mm), o que corresponde à luz do espectro visível. O cristal é basicamente transparente para esses fótons, que assim alcançam o fotocatodo do tubo fotomultiplicador, que possui boa sensibilidade à cintilação dessa luz visível (Lima, 2006).

Os fótons não possuem carga ou massa sendo, portanto, radiação indiretamente ionizante e capas de transferir toda ou parte de sua energia para os elétrons orbitais dos átomos do material. Esses elétrons têm energia máxima igual à energia do fóton incidente subtraída da sua energia de ligação e que depositarão essa energia por meio de ionizações e excitações no meio de interação.

Para que um material possa ser utilizado como detector e servir para a realização de espectrometria de energia para fótons, ele deve ser capaz de realizar a transferência de energia desses fótons para elétrons orbitais dos átomos da estrutura e funcionar como elemento de detecção dos elétrons secundários produzidos pelos fótons incidentes por meio da coleta dos elétrons liberados na ionização dos átomos do meio.

Os detectores cintiladores como os de iodeto de sódio, surgido em 1948, possibilitam a composição de um sistema de espectrometria de fótons e consequentemente a medição de espectros de energia. O número atômico relativamente alto do iodo presente no cristal (Z=53) e sua massa específica (3,667 g/cm3) influenciam de forma significativa o efeito de absorção fotoelétrica, necessário para a máxima deposição de energia da radiação incidente, dando a este cristal boa eficiência de cintilação.

Os detectores cintiladores como os de iodeto de sódio, surgido em 1948, possibilitam a composição de um sistema de espectrometria de fótons e consequentemente a medição de espectros de energia. O número atômico relativamente alto do iodo presente no cristal (Z=53) e sua massa específica (3,667 g/cm3) influenciam de forma significativa o efeito de absorção fotoelétrica, necessário para a máxima deposição de energia da radiação incidente, dando a este cristal boa eficiência de cintilação.


2.1. Resolução em energia:

  • Relaciona-se com a capacidade do detector de cintilação em discriminar a energia de dois fótons emitidos com energias diferentes em seu volume útil. A resolução de um detector é determinante em sua capacidade de medir a distribuição de energia da radiação incidente e é convencionalmente definida como a razão entre a largura à meia altura do pico (FWHM) e o valor do canal central da distribuição do pico (H0).

2.2. Eficiência de detecção:

  • Caracteriza a capacidade do detector em registrar os fótons emitidos por uma fonte de radiação ou que incidem na superfície de um detector. O tamanho e a forma do cristal influenciam a eficiência de detecção, sendo que a espessura do cristal cintilador na direção da trajetória do fóton incidente tem maior influência. A eficiência de um detector pode ser classificada como absoluta e intrínseca.
  • A eficiência absoluta é dada pela razão entre o número de partículas ou fótons detectados e o número de partículas ou fótons emitidos pela fonte de radiação. Esta eficiência sofre influência da geometria de medição utilizada.
  • A eficiência intrínseca é dada pela razão entre o número de partículas ou fótons detectados e o número de partículas ou fótons incidentes no detector. Diferente da eficiência absoluta, não sofre influência da geometria de medição utilizada, mas da dimensão da face do detector em que a radiação incide.

O espectro de fótons obtidos através de detectores cintiladores permite identificar os eventos que influenciam na função resposta do cintilador, podendo ser discriminado neste espectro o fotopico, resultante das interações fotoelétricas no cristal cintilador, assim como as interações parciais de energia como pico de raios X característico, de retro espalhamento e escape ou ainda interação por espalhamento Compton, que influenciam no espectro de energia.

Cintiladores com melhor resolução, como o brometo de lantânio, possuem FWHM menores resultando em fotopicos mais estreitos e, desta forma, possibilitam o uso de maior número de energias para a definição do algoritmo de limpeza utilizado.



2.3. Identificadores radiológicos portáteis


Uma grande aplicação atual dos cintiladores inorgânicos é o seu uso como identificadores radiológicos portáteis para uso em segurança radiológica e nuclear.

Para a identificação inequívoca é importante utilizar um detector que exiba boa geometria do cristal, eficiência de detecção e boa resolução numa faixa de energia de até 3,0MeV.

Uma boa eficiência de detecção permitirá, através da aquisição do espectro gama, uma identificação mais rápida do(s) radionuclídeo(s) e a quantificação de valores mais baixos de atividade (quantificável através d Atividade Mínima Detectável, AMD).

Uma boa resolução permitirá resolver dois picos de energia próximos, correspondentes a radionuclídeos diferentes,permitindo a identificação dos mesmos. Uma resolução insuficiente impedirá a identificação dos radionuclídeos ou dará origem a uma falsa identificação.



3. Conclusão


A detecção de fótons, radiações indiretamente ionizantes, por detectores de cintilação em função de sua excelente eficiência e adequada resolução fazem do mesmo um detector de excelência destas radiações, não somente para as ações de monitoração mas também para a identificação de radionuclídeos em ambiente em que identificadores radiológicos portáteis são necessários.



Referência bibliográfica

KNOLL, G. F., 2000, Radiation Detection and Measurement – 3a edição, Ed. John Wiley&Sons Inc. , USA.

LIMA, C. A., 2006, Avaliação da Performance de Detectores Iodeto de Sódio NaI(Tl) em Centrais Nucleares – dissertação de mestrado, COPPE/UFRJ, RJ.



sábado, 17 de maio de 2014

Sofrimento e Dor: Este é o resultado do preconceito e intolerância religiosa

No Rio de Janeiro o juiz Eugenio Rosa de Araújo, da 17ª Vara Federal do Rio, argumentou que:

“manifestações religiosas afro-brasileiros não se constituem religião”.


E esta decisão ocorreu em função uma ação do MPF pedindo que fossem retirados do YouTube, pela Google Brasil, vídeos considerados ofensivos a umbanda e candomblé. Um dos vídeos mostra a entrevista de um "ex-macumbeiro, hoje liberto pelo poder de Deus".

O "brilhante e onipotente" juiz Eugenio Rosa de Araújo também entende como diz O DIA:

"há a necessidade de um texto base - uma Bíblia Sagrada, Torá ou Alcorão, por exemplo -, e ter uma estrutura hierárquica e um Deus a ser venerado."

Nesta afirmação publicada em o O DIA não é possível não destacar a ignorância demonstrada pelo "brilhante e onipotente" juiz pois nunca ouviu falar de OLORUM ou ZAMBI.

De uma tacada só o "brilhante e onipotente" juiz sapateia na religião de todos que não são católicos, protestantes, judeus e muçulmanos.

Não sou historiador que nem meu irmão Ricardo Oliveira mas todas estas religiões citadas pelo "brilhante e onipotente" juiz tem a mesma origem e desta forma ele excluiu todas as outras religiões do mundo.

Os lideres destas mesmas religiões citadas pelo "brilhante e onipotente" juiz jamais, repito jamais, tiveram tamanha demonstração de preconceito, intolerância ou ainda capacidade de ofensa que este ser preconceituoso demonstrou em sua decisão.

Este "brilhante e onipotente" juiz deve ter participado de algum coloquio com o Criador e desta forma pode definir os parâmetros finais para julgar o merecimento do título de religião.

E enquanto isso espiritas kardecistas, umbandista, praticantes do candomblé, budistas, hinduístas, praticantes de Seicho-no-ie .... tenham cuidado pois o "brilhante e onipotente" juiz acabou de dar um salvo conduto para qualquer um que queira nos ofender, humilhar, faltar com o respeito ou ainda agredir nossa fé.

Além disso legitimou o desrespeito a constituição brasileira que nos garante, como princípio constitucional, a LIBERDADE DE ESCOLHA RELIGIOSA.

Como destaquei acima não sou historiador e desta forma transcrevo a seguir texto de meu irmão Ricardo Oliveira, Doutor em História pela UNICAMP, sobre esta demonstração de preconceito não só com a umbanda e candomblé, mas com todas as religiões que não tem origem no judaísmo.

"Muito tenho lido sobre a decisão do Juiz Federal Eugênio Rosa de Araujo, que negou recurso contra a insana propaganda de neo pentecostais fanáticos contra as religiões de matriz afro brasileira.

Contudo, acho que as pessoas ainda não se deram conta da profundidade do preconceito contido ali.

Ao definir religião como necessariamente tendo um livro sagrado e o culto a um único deus, o magistrado expressa um preconceito muito maior. Para ele somente é religião o culto ao Deus sem nome de matriz judaica. Se por um lado admite que judeus, cristãos e muçulmanos adoram o mesmo Deus, coisa que os pentecostais não admitem, por outro transforma essa matriz em unica forma de religião possível.

Desta maneira, todas as religiões indígenas, todas as religiões asiáticas e africanas deixam de ser consideradas religião. Um preconceito muito maior, e muito mais grave.

Me entristece mais ainda que tal intolerância seja praticada por alguém ligado a uma Igreja protestante tradicional, que muito respeito sempre teve e continuará tendo da minha parte.

Como todos sabem, sou católico praticante. Entendo que o cristianismo tem uma dimensão prosélita que causa muita confusão, principalmente quando são esquecidos os ensinamentos de tolerância e respeito trazidos pelo próprio Jesus Cristo. Não cabe a nós julgar os outros, este papel cabe somente a Ele.

Para terminar essa decisão serve para ilustrar como uma decisão do judiciário pode ser política, mesmo quando usa argumentação tecnicista."

Esta ofensa e desrespeito a Constituição não pode cair no esquecimento.

As atitudes deste ser vão muito além do preconceito religioso que correntes protestantes, religião deste juiz, vem demonstrando contra os praticantes de outros credos.

A decisão desse juiz ameaça legitimar ações neofascistas que tanto mal já fizeram a humanidade.

Não se omitam, o preço da omissão nestes casos somente gera enorme sofrimento e dor.


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Brasil, Ucrânia e Venezuela por que nossa imprensa nos trata tão diferente?

Caros depois de um bom tempo volto a escrever em meu blog e novamente faço a promessa que este ano será diferente. Pretendo escrever mais por aqui e fazer deste meu blog realmente uma ferramenta útil para divulgação de minhas opiniões sobre os assunto que afetam aos tecnólogos em radiologia principalmente, mas também sobre assuntos outros de grande influência em nosso dia a dia.

Vou me dar ao direito de como primeiro texto de 2014 falar sobre um assunto que vem me incomodando muito que é a forma como a nosso imprensa vem tratando as manifestações aqui no Brasil e a reação das pessoas a este posicionamento  da imprensa.

Hoje estava assistindo ao Bom Dia Brasil e vi a Globo chamar de MANIFESTAÇÕES a todas as ações de extrema violência que estão acontecendo na Ucrânia e na Venezuela.  Somente na Ucrânia quase 30 pessoas já morreram e nas imagens distribuídas pela própria emissora era assustador a quantidade de coquetéis molotov que os MANIFESTANTES, termo da emissora, tinham a sua disposição e na Venezuela as cenas não eram muito diferentes. 

Mas porque na Ucrânia e Venezuela são MANIFESTANTES E MANIFESTAÇÕES e aqui no Brasil são VÂNDALOS, ARRUACEIROS E CRIMINOSOS?

Por quê aqui a polícia é incentivada a dar porrada em todo mundo e está tudo bem? 

Por quê nossos motivos de protesto e reivindicações não são ouvidos e considerados?

Por quê não querer tanto desperdício de dinheiro numa copa é tão ofensivo? 

Por quê o poder tem tanto medo de manifestações sem lideranças corruptas ou financiadas por quem detêm o capital?  

Caros já passou da hora de parar de ficar engolindo este monte de porcaria que as empresas de comunicação estão nos empurrando goela abaixo sem refletir.

Pare e pense no que está acontecendo neste país e a maioria de nós por preguiça ou covardia não está querendo ver.

Mais uma vez estamos sendo conduzidos para o abatedouro que nem gado. 

Até quando?